terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A cobra quer ganhar o Oscar

A língua agita captando as partículas de odor do ambiente, onde ela se rasteja lentamente, dissimulando entre as outras pessoas, devagar, salivando doçuras em forma de veneno. Santifica cada gota como se fosse água benta, eles vão sendo picados com as palavras e o inocente olhar da cobra e não sentem os efeitos imperceptíveis aos olhos que ainda têm fé no ser humano. Vêem a cobra com a pele intacta e não percebem as várias espécies que se encontram nela.

Ela é Víbora rápida, Naja que cospe veneno que chega longe, ah, Cascavel que chocalha como se brincasse com criança.

Essas pessoas não trocam de pele. Resta-nos conseguir enxergar através das escamas.

E a cobra vai se entrelaçando, apertando até onde der, é rasteira, passando por cima após cada bote, quase sem ser notada, pois evita rastros, os esconde com lindas cores. Traiçoeira do próprio ninho. E tem uma infestação delas por aí.

O esgoto desses espécimes de ser humano se abre todo dia. E é só uma parte da escrotidão humana.

Por fim, que bela ofensa eu acabo de fazer aos répteis.






fonte da imagem:  http://weheartit.com/

Um comentário:

  1. E quantas e quantas e quantas existem por aí, mais perto do que a gente imagina e gostaria.
    Adorei Má!

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