Não sei explicar, falta algo no olhar dela. É um vazio tão
profundo que eu vejo ali que quase posso mergulhar, posso ver um poço sem corda
de salvação em suas pupilas.
E ela ainda sorri como se tivesse cheia, como se fosse
inteira, mas é metade, interrogação e um quase fim. Quando enche, se enche de tudo que dói, corta,
rasga, engasga e então, explode.
Não pede ajuda, se engole e se entrega ao próprio abismo.
Tantos querem encher, ajudar a carregar os quilinhos dela no
mundo, tantas cordas no resgate, só que ela sabe que a salvação está nela. Em
mais ninguém.
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