quarta-feira, 7 de março de 2012

Vento, cor-de-rosa ou vermelho?


- Eu vou estragar as coisas, eu sei! – Sufocada, apaixonada, pessimista, Aline.

- Você não, talvez o seu bobo coração. Esse coração firme, quase empedrado, mas que faz ondas leves e descontroladas quando o vento de outro alguém vem como furação em sua direção. – Calmo, experiente, com fé, Maurício. 

- Preciso ir de contra o vento, então. Antes que o cata-vento se desmonte. 

- Não, você não precisa fazer nada. O vento está ao seu favor, basta você abrir a janela e parar de ter medo, achar que junto com ele vem tempestade.

  fonte da imagem: http://weheartit.com/

- Você já se apaixonou?

- Muitas vezes. Coleciono brisas e ventanias.

- E você acha isso bom?

- Não sei... É vida. 

Aline perdeu as palavras, parecia tão descomplicada essa vida quando ele falava.

- Experimenta de novo, joga teu coração e deixa sangrar. – Maurício tentava incentivar. 

- Vou tentar, por enquanto vou deixar ele só pulsando. 

- Sangrar é muito bom, é um vermelho vivo, bonito.

- Acho que eu prefiro rosa... – Ela teimava, apesar de adorar vermelho.


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