- Eu vou estragar as coisas, eu sei! – Sufocada, apaixonada,
pessimista, Aline.
- Você não, talvez o seu bobo coração. Esse coração firme,
quase empedrado, mas que faz ondas leves e descontroladas quando o vento de
outro alguém vem como furação em sua direção. – Calmo, experiente, com fé,
Maurício.
- Preciso ir de contra o vento, então. Antes que o
cata-vento se desmonte.
- Não, você não precisa fazer nada. O vento está ao seu
favor, basta você abrir a janela e parar de ter medo, achar que junto com ele
vem tempestade.
fonte da imagem: http://weheartit.com/
- Você já se apaixonou?
- Muitas vezes. Coleciono brisas e ventanias.
- E você acha isso bom?
- Não sei... É vida.
Aline perdeu as palavras, parecia tão descomplicada essa
vida quando ele falava.
- Experimenta de novo, joga teu coração e deixa sangrar. –
Maurício tentava incentivar.
- Vou tentar, por enquanto vou deixar ele só pulsando.
- Sangrar é muito bom, é um vermelho vivo, bonito.
- Acho que eu prefiro rosa... – Ela teimava, apesar de adorar vermelho.
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