“Não posso ser bagagem de ninguém” – Verônica H.
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Sou bagagem cheia, feita na última hora, desorganizada, com
tudo guardado e espremido, difícil de achar onde abre. E eu não quero que ninguém me carregue, até
porque eu não tenho alça, sou complicada para ser levada. Falta rodinha
também. É difícil me levar, o peso é
grande, tem que ter força... E nem eu tô me aguentando mais. Não quero um dia me ver sendo arrastada por
aí e nem largada no meio do caminho. Odeio gente que me coloca no colo e depois
me abandona num trem qualquer. Se for para carregar, não me abandona quando a
mala começar a rasgar e as coisas começarem a cair.
O meu percurso não é fácil e eu odeio despedidas.
E no final, sou dessas malas que nasceram para viver extraviadas mesmo.