A porta, de novo aquela porta. A chave dela vive pulando pra fora do bolso daquela moça, é tão escorregadia. E olha e encanta, e, é como se dissesse "Não me tranque de novo, por favor.". A moça não resiste e reabre.
Marcas de tanto que a moça chutou e a esmurrou de raiva por fazê-la brincar de abrir e fecha-lá são vistas sem muita dificuldade.
Resolve então, como última tentativa, trancar a chave dentro de um cofre, e, como já era de se esperar, esqueçe o código que o abre. Logo, se lembra e abre de novo. É mais forte que ela.
Empurrou e pressionou móveis para ela não abrir quando a chave começava a fraquejar.
Tudo, qualquer esforço que fazia, era em vão. Mas tudo isso já era de se esperar, afinal, tudo que rodeia a porta é torto, bagunçado. Era o destino dela ser imperfeita como todo o resto.
No momento que se encontra ela está cansada, assim como a moça que tenta dominá-la. Está entreaberta, qualquer vento que sopre, qualquer movimento descuidado da moça..."BAM!" Se escancarará novamente.
É um ciclo meio vicioso, meio involuntário.
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Obs.: Já deve ser a segunda ou terceira postagem que falo sobre porta, não é? Então, vou fazer uma revelação...Rangidos de porta no meio da noite me assustam. Pronto, falei! Beijos ;*
Eu vivo metaforizando sobre portas, também. Normal, hahaha.
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