sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Guardando os pulsos


Um suspiro que fere a alma. Um líquido que escorre por entre os claros olhos, ofuscando-os. A respiração que corta delicadamente, como se cortasse o bolo de aniversário, o coração. O cérebro que maneja as lembranças do passado mais escondido para algum lugar no pensamento que deixe tudo em destaque, grifado. A alma ferida e carregando tijolos que não deviam estar ali se quebra, perde a luminosidade. O corpo que perde todo sossego, suplica por um descanso.  
E a menina respira mais um pouco. Por mais um dia, mais uma noite ou pelo menos mais um segundo. Fingindo uma coragem inexistente, fingindo uma força interior que nunca teve, fingindo a vida.


2 comentários:

  1. Prefiro acreditar que esse texto não é baseado em fatos reais. Mas se for, já sabe, né? I'm here!

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  2. E como sempre... Maravilhoso! Faço das palavras da Rá, as minhas. Nunca se esqueça que estamos aqui :) Te amo

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