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A saudade me deu um abraço congelante. Pude sentir cada centímetro
da minha pele esfriar. Como se vapores de gelo tivessem me envolvido. Tremia. Chegou a
queimar. Recolhi-me e caí devagarzinho na cama, como se alguém me colocasse pra
dormir. Da cama me vi caída nos braços que me prometi nunca mais voltar, minha
razão fazia eu me debater entre aqueles braços bem familiares, enquanto a
saudade me empurrava pra mais perto daqueles lábios, bamboleava entre os braços
daquele ser e da saudade brincalhona. Dei uma breve escapulida, consegui um
breve instante de respiração dos meus pulmões anestesiados. A saudade me puxou
pelos cabelos, enquanto eu tentava fugir por algum buraco que cavava com as
unhas, o ser me agarrou pela cintura e caí naquele abismo próximo do inferno
com paisagens de paraíso, o colo dele. A saudade saltitava vitoriosa e ia
sumindo por entre os raios do sol daquele dia. Eu abri os olhos, permanecia
recolhidinha na cama, vi a lua pela janela. Era só mais uma noite que a saudade
me pôs pra dormir.
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