quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sobre os cortes que não cicatrizam


(sóumpequenodesabafonadademais)
Há alguns anos atrás eu me cortei sem querer, eu via o sangue sair e sentia dor. Chorei, chamei minha mãe e minha irmã veio junto.

Minha irmã puxou minha orelha nesse momento, literalmente. Gritei e olhei espantada pra ela, pedindo pra parar, mas ela me deu uma explicação por estar fazendo aquilo... E em resumo o que eu entendi foi: Se distrai uma dor, com outra dor.

Realmente, aquilo me distraiu da dor, do corte e do sangue – apesar de ter a achado uma louca-insensível naquele momento.

E agora é exatamente isso que eu estou fazendo: Focando em outra dor banal, como o puxão de orelha. Pra tentar distrair a dor que ainda não cessou, os cortes profundos e que não param de sangrar. Mas mesmo assim ainda dói. E por mais que eu coloque gazes, por mais que eu tente estancar, por mais que eu faça pontos, eles sempre estouram e os cortes vivem abrindo e o sangue continua pingando... Por todo o meu chão. 


2 comentários:

  1. Maria Paula que coisa bonita. A vida é assim mesmo, é o mesmo princípio de curar um amor com outro. Eu estava péssima essa semana e aí tive uns problemas em casa tão grandes que me fizeram esquecer daquilo que me fazia doer. E assim a gente segue indo...

    Beijoca

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada pelas palavras, Flá Costa! E é assim mesmo, a gente tem que ir sempre seguindo, mesmo sangrando, mesmo doendo, porque uma hora ou outra sempre acaba passando, né?
      Espero que os seus problemas dentro de casa tenham passado e sua dor diminuído mais ainda, quem sabe até passado.

      Beijos, espero que passe por aqui mais vezes :)

      Excluir

Qualquer pessoa pode comentar, fique à vontade :)