- Ele é um idiota. – Ela quase gritou.
- Mas isso você já sabia. – O amigo disse naturalmente.
E o tempo pareceu dar uma pausa pra ela pensar.
Era só isso que ela sabia, né? Que ele
era o idiota que ela amava. Mas porque ela amava mesmo? Quem era ele? Tudo que
ela parecia conhecer eram pequenos borrões, reflexos da personalidade dele. E a
história da vida dele? E as manias? Comidas preferidas? O que ele sonhava em
ser quando era pequeno?
Nada. Ela o conhecia, sim. Conhecia o jeito dele abraçar ela, conhecia o jeito tímido que ele olhava pros olhos dela, conhecia muito bem aqueles olhos que a enlouqueciam e o jeito calmo que ele tocava seus ombros quando precisava ir embora.
E como fica o resto? Aquele resto que ela não sabia. Aquele resto que naquele momento pareciam ser a coisa mais importante pra ela. Aquele resto que era o resto do que eles não foram.
Nada. Ela o conhecia, sim. Conhecia o jeito dele abraçar ela, conhecia o jeito tímido que ele olhava pros olhos dela, conhecia muito bem aqueles olhos que a enlouqueciam e o jeito calmo que ele tocava seus ombros quando precisava ir embora.
E como fica o resto? Aquele resto que ela não sabia. Aquele resto que naquele momento pareciam ser a coisa mais importante pra ela. Aquele resto que era o resto do que eles não foram.
- É, isso eu sabia. Isso eu sei. – A voz dela foi caindo. Enquanto, aqueles
traços de interrogações só subiam e se desenhavam por entre a imagem tão nítida
e certa dele que ainda permaneciam na sua cabeça. E isso era certo, isso ela sabia, ele ainda
tava lá dentro dela. Do coração dela.
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