sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Não demore a ir embora, por favor.

No meio de todos estava a menina. Ela era como um espelho, refletia os sorrisos e as risadas, sem saber do que ria ou sorria. Mas, refletia o que via.
Por que não choravam? Ela queria que eles chorassem, assim ela poderia refletir a verdade escondida nela, desatar aquele nó que por alguns dias habitava sua garganta.
Mas, se chorassem significaria que estavam tristes, não é? Isso ela também não queria. Por isso sorria e ria.
Eles falavam, ela só ouvia ruídos. Doía.
Eles gesticulavam e olhavam pra ela. Doía.
Ela acompanhava os passos deles, ouvia barulhos ao redor. Doía.
Pensava nos sentimentos deles e se continha. Aconselhava. O que ela estava falando fazia sentido? Doía.
Sorria e ria. Doía.
Em casa desatou o nó. Teve a certeza, Ela voltou.

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